Se pudesse agora acabaria por mim toda feito um rio que deságua e não pergunta onde, apenas segue seu curso, sem saber seu fim. Faria-me em mil pedaços despedaçados, e me sentiria incompleta por mais completa que fosse. Colocaria-me numa sela na esperança de compartilhar todo meu amor com quem fosse. Obrigaria-me a ser sozinha para experimentar a saudade e ao mesmo tempo a dor, a mesma dor que agora sinto, sozinha, fria, sem calor. Permitiria-me gritar de amor e sorrir de ódio, por mais contraditório que isto parecesse ser. Acalmaria-me em saber que não sou a única a viver e sofrer dessa forma. Mas de nada isto me adianta se não posso mentir por amor ou chorar de alegria, soluçar de medo e crer no amanha, na esperança de encontrar o que há de ser minha promessa de vida.
Pouco me importa se tu encontras em outros olhos o que os meus podem te dar, se não são os meus que lhe mostram o que há pra ver; não me importa saber quantas noites tu perdeste emaranhado em lençóis que não eram os meus, se são os meus que te dão o calor que tu busca. Mas me importa saber que quando olho para o lado não são teus olhos que eu vejo, e nem a tua boca que provo, se não é teu abraço que me aperta, nem teu cheiro que me afaga.
Enlouquece-me saber que nossos olhares se cruzam, mas nossas mãos não se tocam, que a distancia se faz presente, quando ela era para ser apenas uma pimenta da saudade. Tento ocultar toda minha dor e vontade de te ter, mas minha frieza não se mostra presente quando você está, ela se faz por desentendida e me deixa perdida, por que você me intimida até o ponto de eu não conseguir me conter e buscar o que o meu corpo clama. Nunca me enganei, eu sabia que o seu certo era o meu errado, e que a tua verdade era a minha mentira, mas mesmo assim me entreguei de alma e corpo afim de que seu corpo e sua alma se prendessem ao meu e assim se fez, como um eclipse, intenso e perfeito. E a cada momento que se passa me perco em metáforas delirantes em busca da explicação disso tudo, vejo-me inerte e descompassada, feito o tempo de um relógio parado.
E agora parte de mim escorre pelo canto do meu rosto, meu sorriso se esconde, não há você para que ele se manifeste. Não te darei o posto de minha razão, mas queria que fosse o meu ponto de fuga.
Pouco me importa se tu encontras em outros olhos o que os meus podem te dar, se não são os meus que lhe mostram o que há pra ver; não me importa saber quantas noites tu perdeste emaranhado em lençóis que não eram os meus, se são os meus que te dão o calor que tu busca. Mas me importa saber que quando olho para o lado não são teus olhos que eu vejo, e nem a tua boca que provo, se não é teu abraço que me aperta, nem teu cheiro que me afaga.
Enlouquece-me saber que nossos olhares se cruzam, mas nossas mãos não se tocam, que a distancia se faz presente, quando ela era para ser apenas uma pimenta da saudade. Tento ocultar toda minha dor e vontade de te ter, mas minha frieza não se mostra presente quando você está, ela se faz por desentendida e me deixa perdida, por que você me intimida até o ponto de eu não conseguir me conter e buscar o que o meu corpo clama. Nunca me enganei, eu sabia que o seu certo era o meu errado, e que a tua verdade era a minha mentira, mas mesmo assim me entreguei de alma e corpo afim de que seu corpo e sua alma se prendessem ao meu e assim se fez, como um eclipse, intenso e perfeito. E a cada momento que se passa me perco em metáforas delirantes em busca da explicação disso tudo, vejo-me inerte e descompassada, feito o tempo de um relógio parado.
E agora parte de mim escorre pelo canto do meu rosto, meu sorriso se esconde, não há você para que ele se manifeste. Não te darei o posto de minha razão, mas queria que fosse o meu ponto de fuga.
That's all Folks!