Tudo visto de um referencial diferente

2 de setembro de 2008

Recomeço


Hoje a lua se encontra linda.. em mais perfeita sintonia, bela e fina, feito uma fita de cetim. Hoje a noite se arrasta como o ar frio do inverno. E os meus pensamentos voam longe feito as folhas carregadas pelo vento. A solidão me faz compania, e não é ruim. Penso que tudo que tem um começo, pode vir a ter um fim, e após um fim sempre há um recomeço. É neste ponto em que tudo que se perdeu, volta as suas origens para que se possa perder novamente, pois o inteiro não se modifica, o despedaçado precisa de um complemento que está entre o fim e o retorno.

Existem 6 bilhões de pessoas no mundo, mas às vezes precisamos só de uma. E por mais paradoxal que seja, essa uma é a mais difícil de achar. Não é clichê dizer a verdade. Ela por si só se faz e se completa.

Hoje queria pensar de uma forma egoísta, onde eu serei o centro das minhas atenções. Mas não é assim que acontece. Na verdade agora penso em compartilhar as migalhas que restaram do fim, do meu fim. Eu preciso de um recomeço, mas não sei por onde começar. Posso ser categórica e fim. Posso não ser, ou posso ser o que você quiser, afinal, eu não sei o que quero ser. E entrego à você a chance de reiniciar, e quem sabe mudar o que eu insisto em permanecer imutável.

Queria poder parar por aqui e você continuar, versos infinitos para se decifrar. Não sou feita de códigos, ninguém é. Não é só carne que é fraca, o coração também é. E o meu agora bate por bater, sinto falta da sua aceleração, e isso me corrói, o sangue demora a circular e isso me sufoca. Quero perder o fôlego mas não dessa forma.

Quantas vezes sofri sem sofrer.. e pensei que meu mundo fosse acabar, quando ele apenas começava.. quero gritar, e quero sofrer de amor, por que senão for assim, que graça vai ter?

Pois um dia.. as pessoas se vão, mas outras chegam, porque todo fim tem um recomeço.
 
©2007 '' Por Elke di Barros